Duvidas Frequentes Sobre Varizes

As varizes que surgem sem nenhum motivo aparente, ainda não tem uma causa específica para seu surgimento, porém vários fatores são considerados "predisponentes" para formação das varizes e os principais são história familiar, idade, sexo e números de gravidezes.
A utilização da meia elástica está relacionada ao tipo de tratamento, associado ao grau de doença do paciente, por exemplo: pacientes pós-operatórios de varizes, é consenso na literatura que deve ser usada, porém qual tipo e por quanto tempo, depende da experiência de cada cirurgião, essa conduta visa diminuir a chance de trombose nas veias superficiais e profundas, alívio dos hematomas pós-operatórios, reduzir a dor pós-cirurgia e diminuir o tempo de retorno as atividades. Em pacientes sem indicação de cirurgia ou que não querem fazer a mesma, estes devem ter suas doenças classificadas, para então decidir qual tipo de meia elástica deve ser utilizada. Pacientes que querem prevenir ou que possuem doença leve, irão usar meia com compressão menor. Já pacientes que possuem doença moderada ou que tem indicação de cirurgia, no entanto, não querem fazer cirurgia, normalmente usam compressão intermediária e pacientes com doenças graves, que tenham tido trombose ou que já realizaram várias cirurgias, usam compressão mais alta. A compressão normalmente é feita somente até o joelho, em alguns casos é necessário realizar a compressão até a virilha, como por exemplo em alguns pacientes de pós-operatório de varizes. É importante enfatizar que as meias elásticas diminuem principalmente os sintomas dos pacientes, como inchaço nas pernas e dores em peso no fim do dia, porém elas não fazem desaparecer as veias já doentes, em casos de microvasos vermelhos, menos aparentes, a meia pode diminuir seu tamanho tornando-o quase imperceptível. A meia comprime os vasinhos ou varizes, contudo, os mesmos não desparecem, ela melhora a circulação da perna e torna esses vasinhos menos aparentes, em alguns casos, resultados também encontrados em pacientes que retornam as atividades físicas. O mercado de meias elásticas está cada vez mais exigente, pressionando a evolução deste material, tanto na duração, quanto nos modelos. Atualmente o mercado possui meias de várias cores e modelos, aproximando-se em beleza e qualidade as meias comuns masculinas e femininas.
Desde a antiguidade o motivo de aparecimento das varizes é questionado: - Galeno, ano 200: atribuía a presença de varizes ao acumulo de "bile negra" e enfatizava que seu retorno a circulação poderia ocasionar loucura; - De Sanctis: baseado em observação, concluiu que o aparecimento de varizes, ocorria devido ao tempo que as pessoas permaneciam em pé diante dos reis; - Versalius e Harvey: descreveram a circulação do sangue nos vasos e onde passava cada vaso, abrindo caminho para novas teorias; - Robert Linton em 1953: demonstrou que as varizes apareciam devido o aumento da pressão dentro das veias; - Atualmente já se sabe que o surgimento das varizes está associado a um conjunto de fatores que provocariam no fim da cadeia uma dificuldade do sangue retornar da perna para do coração, essa dificuldade de retorno do sangue pode estar relacionada há diversos fatores, os quais, agem em conjunto ou isoladamente, dependendo da predisposição genética de cada paciente. Os principais correspondem: dilatação da parede venosa (ficar muito tempo em pé ou sentado, não praticar exercícios físicos...), alteração do funcionamento da bomba da panturrilha (diminuição da musculatura da perna devido derrame, fratura da perna, sedentarismo...) e lesão das válvulas que impedem que o sangue volte para as pernas (trombose profunda, traumas graves nas pernas...).
Varizes são veias dilatadas, tortuosas, maiores que 3 mm, presentes no subcutâneo (gordura embaixo da pele), porém veias menores que se localizam dentro da pele, não são consideradas varizes; chamam-se: veias reticulares (varicoses roxinhas) se maior que 1 mm ou telangiectasias (varicoses vermelhinhas) se menor que 1 mm, sendo que, essas duas situações, são consideradas doenças menos graves, por tanto, seu tratamento é classificado como estético e não coberto pela maioria dos planos de saúde. A doença varicosa dos membros inferiores é uma das patologias mais prevalentes na população, não distinguindo classe social ou raça. Estimativas colocam as varizes presentes em 30-35% da população mundial, sendo observado em 50% da população feminina mundial. Os questionamentos sobre o aparecimento das varizes até hoje estão presentes, porém hipóteses sempre surgiram durante os tempos. Galeno, nos anos 200, atribuía a presença de varizes ao acúmulo de "bile negra", que deveria ser extraída devido seu retorno à circulação, ocasionar loucura. Hoje, a teoria em relação ao aparecimento de varizes se fundamenta na predisposição genética, porém outros fatores como aumento e diminuição de peso (efeito sanfona), permanecer muito tempo em pé ou sentado, uso de anticoncepcionais, esportes de alto impacto em membros inferiores, entre outros, também contribuem para o surgimento desta doença. A doença venosa é crônica, sem cura, porém com controle. Todos os procedimentos realizados em relação as varizes, não são realizados para curar a doença e sim para melhorar a circulação das pernas tanto para evitar os sintomas, como melhorar a aparência das mesmas, melhorando a autoestima do paciente e possibilitando que o mesmo use roupas curtas, sem constrangimentos visuais. Muitas dúvidas rodeiam esta enfermidade, as quais, serão esclarecidas ao longo dos textos seguintes.
Na minha opinião a velhice é uma condição mental de cada pessoa, podemos ter um "jovem" mais sedentário que um "velho"! Lendo uma reportagem, a qual, uma senhora de mais de cem anos completou de uma maratona (40 km!!), não a chamaria de "velha", na foto tinha pernas perfeitas! Estudos demonstram que 1% dos homens e 10% das mulheres vão ter varizes com menos de 30 anos esta porcentagem sobe para 57% e 77%, respectivamente, em pessoas acima de 70 anos. Estudos indicam que o maior risco de desenvolver varizes com a progressão da idade, ocorre devido, dentre outros fatores, da redução da massa muscular na panturrilha e diminuição da mobilidade, ou seja, movimente-se!!
A maior parte dos trabalhos demonstram que a doença varicosa ocorre mais nas mulheres, variando de 1%-73%. Vale ressaltar que os estudos não tem um padrão uniforme e que as mulheres procuram o atendimento do especialista muito mais precoce, que os homens, os quais, na sua maioria só procuram o especialista quando possui sintomas ou varizes graves.
História familiar positiva para varizes é encontrado, em 42% dos pacientes que possuem varizes e em apenas 14% nos que não possuem varizes. Em outro estudo foi observado que a probabilidade da pessoa ter varizes quando seus pais possuem varizes é de 90%, porém este resultado reduz para 62% nas mulheres e 25 % nos homens, quando apenas um progenitor possui varizes e para 20% quando nenhum dos pais apresentam a doença. O maior sistema de metrô atualmente é o de Xangai na China, com 434 km, Londres tem 408 km, porém é muito grande também!
Sabe-se que esta relação existe, não estando bem definida a atuação do ganho de peso no comprometimento da circulação das pernas, entretanto, no paciente obeso, há um acúmulo de gordura dentro do abdomem, que comprime as veias que fazem o retorno do sangue das pernas para o coração, o que pode ser considerado um fator predisponente. Um estudo feito com pacientes que apresentavam varizes graves com feridas, submetidos à cirurgia de redução do estômago, observou que houve uma melhora clínica e cicatrização das feridas em 1 ano de 97,3% dos pacientes, sendo que o retorno da ferida estava associado ao ganho de peso excessivo neste período.
Sem dúvida a gravidez é um dos fatores predisponentes e também piora as varizes já existentes. No primeiro trimestre com a grande modificação hormonal a parede das veias ficam mais frágeis, ocasionando dilatação e insuficiência das mesmas. No segundo e terceiro trimestres o aumento do volume do útero faz compressão nas veias que trazem o sangue das pernas, dificultando o retorno do sangue para o coração, piorando as varizes já existentes. Pesquisas demonstram que pacientes grávidas apresentam dilatação de todas as veias dos membros inferiores durante a gravidez, retornando ao mesmo diâmetro até 6 semanas após o parto, no entanto, em mulheres que já possuíam varizes antes da gravidez, houve piora das veias varicosas, não retornando ao normal após o parto. Sem deixar de relatar o aumento de peso natural durante a gravidez. O risco de desenvolver veias varicosas aumenta com o número de gravidezes, mulheres com duas ou mais gravidezes possuem risco de 20-30% maior de desenvolver veias varicosas, do que mulheres com uma única ou nenhuma gravidez. Diante de tais estatísticas é de grande importância que as mulheres consultem seu vascular antes, durante e após sua maternidade, para que medidas preventivas sejam tomadas com o intuito de amenizar ou evitar o aparecimento de veias varicosas.
Apesar do uso desses métodos contraceptivos e terapia de reposição hormonal, ainda não terem sido comprovadamente responsáveis pelo aparecimento de veias varicosas, vários estudos demonstram uma estreita relação entre eles. Esses hormônios atuam na parede dos vasos, deixando-os mais frágeis e suscetíveis a dilatação. Mulheres em idade fértil, possuem veias mais sensíveis a atuação dos hormônios, enquanto que mulheres na menopausa ou homens, menos. Observou-se que as veias de pacientes sem varizes, são menos suscetíveis aos estímulos hormonais, do que, as veias de pacientes com varizes. Concluindo, há uma relação ainda não totalmente esclarecida, contudo, este não é o único fator causal ou atenuante da formação de veias varicosas, não sendo indicado a descontinuação das medicações, única e exclusivamente para prevenção da doença.

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